“a VIDA NÃO É BRINCADEIRA, AMIGOa VIDA É ARTE DO ENCONTRO
eMBORA HAJA TANTO DESENCONTRO PELA VIDA...”
Angela Peyerl
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Amor em pedaços...
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Ego+ísmo
Sinto-me egoísta em saber que tem gente por ai bem pior do que eu sofrendo por coisas muito mais importantes, me sinto egoísta depois que passei dias distante de tudo e quando volto esse turbilhão volta todo junto.
Já mudei os móveis, já mudei o lugares, já tentei mudar o olhar mas o mesmo ainda continua aqui vivo, juro que tentei ser rude e me afastar mas o coração, a razão me fazem novamente me prender a esse sentimento.
E o sentimento de que tudo foi tão bom que faz esse sentir egoísta tão presente, é um sentimento de que o afastamento foi necessário, de que o estar não estando é tão urgente que se torna gritante.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Um Luga Para Você...
Entre Idas e Vindas. Dentro do Ônibus em engarrafamento em Laguna. |
Bem...
Depois de uma temporada estou eu aqui novamente.
Resolvi escrever sobre um livro que andei lendo e que por sinal me surpreendeu, estamos falando aqui de “Um Lugar na Janela” livro de Martha Medeiros. Sim ela conseguiu mais uma vez me surpreender e antes de começar a falar do livro queria até retornar a um papo que andei largando esses dias no facebook que tem uma ligação querendo ou não com o livro.
Retorno a falar do não lugar, o aeroporto e a rodoviária serem o não lugar, bem para quem ainda não está antenado no que é esse tal “não lugar” é o seguinte, Marc Augé um filósofo bem do queridinho resolveu denominar de "não-lugares" alguns ambientes como aeroportos, trens, ônibus, hotéis e parques de lazer, por serem espaços de passagem ou seja, esses lugares que não estabelecem com o sujeito níveis de relação identitária ou de afetividade.
Para o pesquisador o não-lugar não gera memória nem referências para além dele mesmo, portanto, não cria laços ou relação com os sujeitos que o habitam. Porém eu faço aqui perguntas simples de como é possível não criar laços com parques? Como não criar laços com trens? Como não criar laços com rodoviárias?
Particularmente eu tenho laços e vínculos com todos esses ai, meus queridos, quem nunca se lembrou de um lindo domingo de sol e nunca fez a referência com o Ibirapuera (eu tenho com o Ibira, desculpa aê) com as pessoas correndo pelo parque, com pessoas passando o dia lá abraçados, quem nunca pensou em dias lindos de outono com aquele frio, aquele clarão do sol e um lindo jazz da Nina Simone I Wish I Knew How It Would Feel To Be Free tocando no seu fone de ouvindo enquanto você anda pela rua tropeçando em pessoas e com uma pilha de papéis e livros embaixo do braço, sim é possível sim você criar laços e referências e digo mais, não só você, pois se você reconhece esse lugar, se você se sente “vivo” como não é possível estabelecer uma relação e uma afetividade, como não estabelecer um lance com o metrô de SP, como não estabelecer uma afetividade com a rodoviária que tanto já te deixou feliz, bem como ao mesmo tempo já te partiu o coração...
É possível sim meus queridos criar laços, é tão possível que esse livro da Martha Medeiros é meio que uma “prova” disso tudo. Um lugar na Janela é o estar não estando, é o sonhar e o traçar rotas e trajetos para quem como eu, é apaixonada pelos escritos da Martha, vai sentir uma pequena diferença, para nós que estamos acostumados a ler e levar aquele soco na boca do estômago esse livro é um pouco mais relax.
Não é um guia turístico, porém ele dá uma vontade errrrrrrrrrrmeeeeeeeeeeeee de pegar uma mala, uma mochila e vender tudo o que se tem dentro de casa e partir por mundo, particularmente eu tenho uma paixão por viajar e também partilho alguns pensamentos da Martha, acredito que viajando a gente ve tudo de fora, a gente acaba tendo um encontro com nós mesmos é ali que você se (re) conhece, que você se até mesmo se revê e cria novos laços com sua própria pessoa.
Bem como falei anteriormente o livro de Martha não é um guia turístico e sim um livro de crônicas (bem a cara de Martha) com impressões de lugares, com relatos de lugares, comidas, bebidas, ruas, cidades, arquitetura .... Enfim é a vida de viajante, é a vida de quem se arrisca e eu acredito que se arriscar está ai, basta pegar a bicicleta e sair, basta pegar um ônibus e observar pela janela com olhos de quem vê o novo, mesmo passando por esse lugar todos os dias, é criar laços de amor e ódio com o caos do dia a dia.
Viajar é lembrar do gosto do café em Porto Alegre as 5h da manhã na rodoviária, viajar é sentir medo de entrar no avião pela primeira vez, viajar é conhecer aquele caminho nunca percorrido por você e saber que quando voltar lá a rota não vai ser mais a mesma e que mesmo assim vai bater aquela saudade de tudo como era antes.
Arisque-se vá conheça o que bate ai dentro de você, crie laços, crie gosto, crie cheiro, crie lances legais com sabe-se la quem afinal você está viajando e quem sabe essa não é a oportunidade de dar-se uma oportunidade.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Turbilhão.
Chegou a primeira frente fria do ano e junto com ela chegou o outono, as folhas já começam a cair com a ventania lá fora, a noite já aparece mais cedo e as pessoas começam a se esconder.
Chegaram o quase inverno e o adeus ao verão para aqueles que como eu são apaixonados pelo movimento e pelo agito, chegou o tempo da depressão, da reclusão e das noitadas regadas a vinho afinal é necessário uma alegria em meio ao silêncio. Chegou à vez dos saltos enormessss e das calças, chegou à vez de encontrar com as pessoas em lugares mais íntimos e não tão cheios, chegou a hora e a vez do Blues e do Jazz.
O outono é uma espécie de preparação para os dias que ainda vão vir é uma lembrança de que está na hora de comprar meias, de comprar cobertores, de comprar xícaras sim eu adoro xícaras e tenho algumas, creio que uma pequena coleção afinal todos temos a necessidade do colecionismo dentro de cada um e claro para acompanhar comprar também aqueles chás exóticos. Para meus queridos que como eu não tem o prazer de ter um pelo par de pernas para esquentar os seus fica a dica.
Chegou a temporada dos sonhos para alguns, chegou a temporada de sair pela rua ouvindo “ Depois de Ter Você” com a Adriana Calcanhotto em dias nublados de sábado enquanto uma ventania te assola e as folhas vem todas em sua direção e você está indo a praia apenas para lembrar ou esquecer algo. Bem vindo à estação que os dias são claros enquanto se anda na rua e o sol lindooo brilha loucamente enquanto você passa por uma multidão de pessoas no centro da cidade ouvindo Madeleine Peyroux cantando Smile.
Bem vindo ao outono que venha com a beleza de suas manhãs e o maravilhoso por do sol ao fim de tarde, que venha com o sorriso de alguém especial, que venha com tudo que tem direito apenas não esqueça das cores.
Além de abril em Paris
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Por que se permitir amar?
Antes de perguntar o que é o amor, venho perguntar o porquê nos permitimos sentir isso mesmo sabendo de tudo que vem juntamente com ele, as alegrias e as dores, as tristezas e as realizações, a solidão e a divisão. Enfim são tantas as coisas que me fazem pensar sobre o que é o amor e o porquê sempre entregamos ele a alguém.
Hoje assistindo uma novela das 18h me deparo com uma personagem fazendo as mesmas perguntas que me faço, o porquê temos que nos entregar para alguém? Nunca me permito amar e amar ninguém desde a ultima vez que tudo aconteceu como um furacão.
Porque temos que nos entregar a uma pessoa que não sabemos se vai estar no nosso lado daqui a 10 min, sei que é egoísmo meu e para alguns isso pode ser claramente mais um clichê de uma gorda mal amada. Quantas pessoas nesse exato momento não estão se fazendo a mesma pergunta, quantas pessoas não estão perdendo seu amor não somente para uma briga daquelas que todo casal passa, mas me pergunto quantas pessoas não está perdendo o seu amor para um acidente de trânsito, para uma doença. E ai pergunta-me como é possível ser forte e recomeçar, não perdi meu amor para nada disso, admito que seja egoísta em dizer que perdi meu amor para outra pessoa e isso me custou ou ganhei muitas coisas que hoje não sei administrar.
Isso me rendeu quilos a mais, me rendeu um coração que não se permite nada, me pergunto como ficam essas pessoas que perdem alguém. Mas aqui não estou me referindo a aqueles que são super ultras pra frentex que encontram pessoas e se permitem com uma facilidade ímpar. E sim estou aqui pra perguntar e pensar por aqueles que como eu são tão difíceis de se permitir, são um tanto quanto inconsequentes e rebeldes e claro como aquela personagem da novela que não se permitia, que não se abria e quando finalmente se deixou levar perdeu o que mais importava na vida.
Afinal o que é o amor? E o que ele faz com a gente? E no que ele torna a gente?