Hoje na acupuntura estava lá quieta quando escuto um navio apitar e comecei a pensar como é a vida dessas pessoas trabalham ali.
Seria definitivamente um amor em cada porto?
Como conseguem ir e se desprender da família que mora a anos luz de distância e só ver aquele mar na frente dos olhos, como é chegar em um lugar estranho consumir o local em alguns dias e depois voltar a mesmice de sempre.
Fico imaginando que a cada buzina daquela uma parte de alguém fica ali e comparo isso a cada vez que viajamos para algum lugar desconhecido. Vamos, consumimos o local em alguns dias e depois retornamos ao nosso mundo.
Deixando pra trás pessoas que conhecemos, lugares que vivemos, quartos que ....enfim deixa pra lá dos quartos e voltando aqui e a buzina, penso que em algumas situações a gente age como esses marinheiros que vem e vão e esquece m do mais importante que é poder olhar nos olhos e dizer o quanto sente saudade de alguém.
Do quanto esse alguém que te pediu um tempo ou que simplesmente fez igual virando as costas e acenando pra você de longe fazendo com que tudo que viveram ficasse pra trás como se nada tivesse acontecido, que se nada tivesse acontecido e sem saber que pra quem fica o cheiro no travesseiro é crucial, que os passos ainda são ouvidos no corredor mas quando vê não tem ninguém.
E depois disso ainda me veio em mente uma frase que está num filme nacional que por sinal ainda não vi mas que procuro por ele na internet e nada, o filme é com Ana Paula Arosio e no trailer aparece ela falando a seguinte frase “ O que será o contrário do amor? O amor é sempre um pacto contra o tempo...”
Link do trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=moGBA7Mp3r8&feature=related
Me lembrei dessa música pra completar...
Se é tarde me perdoa
Mas eu não sabia que você sabia
Que a vida é tão boa
Se é tarde, me perdoa
Eu cheguei mentindo
Eu cheguei partindo
Eu cheguei à-toa
Se é tarde, me perdoa
trago desencantos
De amores tantos pela madrugada
Se é tarde me perdoa
Vinha só cansado.
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